quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Deu branco!
Como anda a memória de vocês? Conseguem lembrar de tudo que fizeram, daquilo que planejaram, do seu dia inteiro, das situações? Espero, do fundo do coração, que a resposta para TODAS essas perguntas seja um forte e alto "SIM", caso contrário estamos juntos num barco meio perdido no oceano. Nunca comentei sobre isso, mas todas as quartas-feiras tenho um compromisso em Guarulhos e vou do técnico diretamente para lá. Vale muito a pena, mesmo quando penso no metrô lotado e em gastar uns oito reais a mais de condução. Todavia, na última quarta-feira do mês o local do evento - se assim posso chamá-lo - é fechado para o público geral, ficando restrito aos "funcionários". Nem preciso dizer que esqueço esse pequeno detalhe, né?! Pela segunda vez, que seria hoje, gastei meu tempo, meu dinheiro e minhas energias pra trocar de município (só gostaria de dizer que o percurso casa-lugar leva cerca de 1h20 pra ser completado) inutilmente. Sim, cheguei lá e adivinha o que encontrei: portas fechadas!
Claro, não posso culpar a organização e as normas do estabelecimento por causa disso, tampouco alegar falta de comunicação, posto que já sei disso há uns três meses. Mas certamente seria muito mais fácil chover dinheiro e todos ficarem ricos que eu lembrar de algo dessa natureza! E não é só com compromissos que isso ocorre, coisa que torna tudo ainda pior. Meu cérebro deve encarar 80% das coisas que eu leio como absolutamente dispensáveis. Deve até zombar de mim, achando-se incrivelmente sábio, inteligente e suficientemente capacitado para decidir por mim as informações a serem retidas e aquelas que serão descartadas. Eu insisto, discuto, brigo e teimo em ler vinte vezes o mesmo texto se preciso for, mas o infeliz faz sua vontade prevalecer e depois de alguns pouquíssimos dias já não lembro quase nada. Ele simplesmente não me dá a liberdade de escolha.
Agora se tem uma coisa, pra ele, especial são línguas. Nossa, parece ser o único grupo de conhecimentos nesse mundo inteiro que ele julga digno de alguma atenção. Posso ouvir uma palavra hoje em qualquer língua ou dialeto e descobrir o significado; afirmo, com 90% de certeza, que depois de vários meses ou até anos ainda terei aquilo gravado na minha memória. É, meu querido cérebro, bem que o senhor poderia fazer isso com todo o resto, né?! Por que só com idiomas, me responda?! Às vezes isso se assemelha até a uma brincadeira, pois é mais fácil eu aprender um texto longo em aramaico - não que algum dia eu já tenha tentado fazer isso - que lembrar da data de um evento histórico e seus responsáveis ou da notícia que li pela manhã. Situação complicada, né?!
Mas tudo bem, quem precisa de uma mente ativa e hábil, que possa reter o máximo de informações possível e trazê-las à tona sem maiores esforços? Eu com certeza não. E vocês? Só espero daqui a um mês não repetir o ocorrido, muito menos chegar na Fuvest, no dia 28 de novembro, e ter que dizer, com muita dor no coração, a frase mais triste no momento de um vestibular: deu branco!
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