sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Um bocado desorganizado...



Acho que o post de hoje tem tudo a ver com várias coisas sobre mim, inclusive o fato de que amanhã faria um mês que não escrevo nada aqui. Mas é a vida, né?! Nem vou dizer que é a correria, porque as coisas estão relativamente calmas pra mim e realmente tenho bastante tempo disponível, ainda mais se pusermos em comparação o semestre atual e o anterior. Pra termos uma idéia, coloquemos aqui quais eram minhas atividades e esclareçamos algumas coisas sobre elas. De segunda à sexta, das 13h às 17h30, fazia curso técnico. Mais tarde, às 19h10, começavam as aulas do cursinho, se estendendo até as 22h15. Em cerca de meia hora já estava em casa, o que deixa nosso relógio em 22h45, certo?! Pois bem, o dia ainda não acabava por aí. Quem me conhece sabe que meu namoro tem certas particularidades que lhe conferem um grau maior de dificuldade em relação aos relacionamentos usuais, embora, sem dúvida alguma, esteja alcançando com louvor seus seis meses de duração - e claro que esperamos que ainda tenhamos muito mais tempo juntos pela frente. Desse modo, precisávamos nos comunicar diariamente e tentar aproveitar o máximo possível nosso tempo um com o outro, a fim de superarmos nosso grande obstáculo, sendo que eu ainda precisava acordar cedo para manter os trabalhos e estudos em dia.
Aí você deve se perguntar: oras, mas isso não é tão difícil, pois ele só fazia duas coisas. E é exatamente aí que você se engana! Às terças-feiras, no período da manhã, tinha aulas de violino. Claro que durante a semana eu precisava praticar pelo menos umas seis horas, levando em conta a possibilidade de estudar uma hora diária, coisa que não conseguia fazer. Entretanto, como se não bastasse, ainda tinha curso de japonês aos sábados. Os horários poderiam até não parecer apertados - e talvez realmente não fossem -, mas sempre existe o "adicional".
Bom, deixo aqui a dica para aqueles que acham a vida sem emoção e precisam de um pouco mais de adrenalina e stress: façam um curso técnico de Meio Ambiente. Se andam faltando coisas com as quais se preocupar, certamente no segundo módulo haverão dezenas de trabalhos semanais acumulados para render boas dores de cabeça e muita correria. Sem contar que se vocês tiverem a minha sorte pegarão ainda a Semana de Meio Ambiente junto com os relatórios e provas. E pra mim foi tudo muito simples: só tive que me preocupar com o violino, fazer todos os trabalhos a tempo, estudar pro japonês, criar juntamente com um pessoal uma esquete (e nisso podemos incluir, como minhas tarefas, cenário, sonoplastia e roteiro) e montar com meu grupo um estande sobre reciclagem de papel. E vale ainda citar que exatamente no dia da peça tive que ir à junta militar pra saber se tinha sido dispensado, complementando meu momento com a maravilhosa sensação de ter sido convocado para a seleção.
Ok, isso não é um desabafo, ainda que possua todos os elementos para ser considerado como um. Só queria retratar minha vida há cerca de quatro meses, pois assim poderíamos compará-la ao estado atual. Simplesmente dizer que desisti do cursinho e das aulas de violino já ajudaria a perceber que as coisas estão mais tranquilas, mas preciso também falar sobre a drástica redução na quantidade de trabalhos, afinal, agora existem semanas em que não entregamos NADA (pode parecer absurda a afirmação, mas no módulo passado tínhamos pelo menos duas coisas na semana, entre provas e trabalhos). Sim, agora os dias estão mais calmos e só temos a pressão dum TCC e um SGA; eu, particularmente, estou tendo que me dedicar um pouco mais ao japonês, porém isso ainda não é suficiente para deixar-me atarefado como antes.
Todavia, mesmo com muito mais tranquilidade, as coisas ficaram mais complicadas. Estou deixando tudo pra fazer na última hora e isso tem me trazido alguns problemas comigo mesmo. E aqui chegamos ao tema do post: a falta de organização. Antes que venham as perguntas, respondo de antemão. Sim, já fiz uma agenda, já programei meus dias, já sei os horários em que deveria realizar minhas tarefas e tenho tudo em mente. Se seguisse meus planos tudo sairia certinho e eu, sem sombra de dúvida, aproveitaria muito mais as coisas que estou estudando. O problema é que essa idéia fica só no campo da imaginação e pouquíssimas vezes torna-se real através das minhas ações. E o pior de tudo é que não vou levando a situação, mas vou sendo levado por ela.
Acho que a pior coisa é termos um plano e faltar-nos força de vontade ou coragem para colocá-lo em prática. E justamente isso tem acontecido comigo. Não vou dormir no horário que deveria, não acordo cedo, perco quase minha manhã inteira, chego à noite e só fico no PC conversando e aos fins de semana saio ou assisto algo na TV. Dessa forma, fica claro que as coisas se inverteram. Semestre passado não tinha tempo pra mim, agora arranjo mil desculpas para não disponibilizar meu tempo para outra coisa que não seja eu. Sei que a mudança tem que partir de mim, mas admito a dificuldade que tem sido tocar nesse ponto. Sinto como se tivesse vivido um extremo e agora estivesse me colocando em outro, incapaz de achar o equilíbrio entre dedicação e lazer. E nem adianta fazer promessas a mim mesmo, porque já me cansei de quebrá-las e continuar a seguir o mesmo rumo.
Acredito que tudo na vida pode nos ensinar algo, cabendo a nós observar a situação e extrair o aprendizado que vem juntamente a ela. Uma das coisas que pude perceber é o fato de que existem áreas na minha vida que estavam necessitando de mais atenção e agora eu definitivamente estou me doando a elas numa medida razoavelmente boa. Tenho recebido grandes lições, coisa que, pelo menos pra mim, é indiscutível. Se paro, inclusive, pra pensar na minha vida há alguns meses, imersa naquela preocupação frenética com os meus compromissos, vejo o quanto cresci em relação a isso. Hoje sei das minhas obrigações, mas não deixo mais o desespero e a irresponsabilidade com o meu bem-estar tomarem conte de mim. Percebi, com tudo aquilo, que preciso cuidar mais da minha saúde, da minha espiritualidade, dos meus relacionamentos e, acima de tudo, da minha felicidade. Mas, infelizmente, ainda tenho penado um pouco pra aprender outras coisas, como, por exemplo, estabelecer metas e cumpri-las.
Sei, no entanto, que as coisas se ajeitarão ao seu tempo, o que de forma alguma devo usar como desculpa para me acomodar. Sou um bocado desorganizado, isso não nego, mas creio que em breve poderei mudar isso, mesmo não cumprindo ainda com meus horários. Se há um recado que gostaria de deixar a quem ler isso é esse: organizem-se, cumpram com suas responsabilidades internas e externas. Pode ser difícil, assim como tem sido pra mim, mas sei que não é impossível. Não deixem, como eu, a bagunça tomar proporções tão grandes a ponto de influenciar em outras coisas na nossa vida. Deixo aqui, parafraseado, um pensamento que li há alguns dias e fez todo o sentido, e abaixo uma foto minha com alguém que sinto muita falta e que, com a graça de Deus, em breve verei.

"A idéia de comunhão entre liberdade e organização pode parecer falha a muitos, mas não é. Não se é livre sem ser organizado."



2 comentários:

  1. Acho que vc tem sentimentos parecidíssimos com os meus.

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  2. KSOASDOSODKAPFKSFFSA
    Espero ao menos que você não esteja passando pela mesma situação desse post então :p

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